Vi há instantes num outro blog, que respeito, uma tentativa de sondagem por votação quanto à escolha do local para implantação desta infra-estrutura.
É meu parecer de que estas coisas não se podem escolher desta forma. Trata-se de uma infra-estrutura altamente complexa que exige estudos especializados para classificação de várias soluções dentre as quais se fará a escolha atendendo a critérios políticos.
sábado, 23 de junho de 2007
sábado, 16 de junho de 2007
O PORTO quem o viu e quem o vê
Ao ver as fotos da ARTIMANHA sobre a abertura da época la féria no RIVOLI, fiquei de boca aberta primeiro, indignada depois, e depois triste...
Quem conheceu a sociedade portuense de há uns anos atrás, sabe que o PORTO era tremendamente orgulhoso e desmesuradamente bairrista. Quando se falava de acontecimentos na Capital, a resposta era imediata: «nós cá também temos», nem que nada se passasse; que era o mais certo. E o Porto era para trabalhar. Comerciantes ricos, faziam a sua «society» no Ateneu e a «pseudo aristocracia» da Foz nos salões dos seus palacetes.
A «Plebe» na qual eu me incluo, cheirava de tudo um bocadinho (quando a aceitavam e tinha estaleca para isso) e depois era dar um saltinho a Lisboa para ver e ouvir um Pollini ou coisas assim.
Ir a Lisboa? Aquilo é Marrocos!....Ouvia-se frequentemente. Eles nem comer sabem. Aquilo é folhinha de alface e peixinho da horta; nunca lá comi um bom cabrito ou uma feijoada; também se ouvia.
E quando menos esperávamos, numa de novo-riquismo parolo, o Presidente Rio quis também ter no Porto coisas da Capital e nada melhor que as luzes do Politeama, exactissimamente o La Féria. Mas há coisas que me intrigam; como é que a mesma pessoa decide a Praça da Liberdade, a recuperação do jardim da Rotunda com tão bom gosto? Quer dizer, aceitou quem o tinha. Dá-me a impressão que o Presidente Rio decide conforme o poder de convicção de quem lhe fala. Ainda procura um caminho; e quando não o encontra, faz contas, que é a única coisa que lhe ensinaram. E ao fazer contas, sai o túnel a abrir em frente ao Museu Soares dos Reis e a aniquilação do Rivoli....................Isto é que me dói.
Mas o espanto não acaba aqui. O Presidente Rio recebeu duas figuras também essas da Capital, a condizer, a Cinha Jardim e a Lili Caneças!!!! Não sei porque abriu a boca, se não acredita veja as fotografias da ARTIMANHA, é o que lhe digo, só não vimos a Bobone; essa até dava jeito para as boas maneiras do Presidente….
E por aqui me fico; o resto dá outra.
Obrigada Ponto de Vista pelo espaço de má língua
A Ponta da Vista
Quem conheceu a sociedade portuense de há uns anos atrás, sabe que o PORTO era tremendamente orgulhoso e desmesuradamente bairrista. Quando se falava de acontecimentos na Capital, a resposta era imediata: «nós cá também temos», nem que nada se passasse; que era o mais certo. E o Porto era para trabalhar. Comerciantes ricos, faziam a sua «society» no Ateneu e a «pseudo aristocracia» da Foz nos salões dos seus palacetes.
A «Plebe» na qual eu me incluo, cheirava de tudo um bocadinho (quando a aceitavam e tinha estaleca para isso) e depois era dar um saltinho a Lisboa para ver e ouvir um Pollini ou coisas assim.
Ir a Lisboa? Aquilo é Marrocos!....Ouvia-se frequentemente. Eles nem comer sabem. Aquilo é folhinha de alface e peixinho da horta; nunca lá comi um bom cabrito ou uma feijoada; também se ouvia.
E quando menos esperávamos, numa de novo-riquismo parolo, o Presidente Rio quis também ter no Porto coisas da Capital e nada melhor que as luzes do Politeama, exactissimamente o La Féria. Mas há coisas que me intrigam; como é que a mesma pessoa decide a Praça da Liberdade, a recuperação do jardim da Rotunda com tão bom gosto? Quer dizer, aceitou quem o tinha. Dá-me a impressão que o Presidente Rio decide conforme o poder de convicção de quem lhe fala. Ainda procura um caminho; e quando não o encontra, faz contas, que é a única coisa que lhe ensinaram. E ao fazer contas, sai o túnel a abrir em frente ao Museu Soares dos Reis e a aniquilação do Rivoli....................Isto é que me dói.
Mas o espanto não acaba aqui. O Presidente Rio recebeu duas figuras também essas da Capital, a condizer, a Cinha Jardim e a Lili Caneças!!!! Não sei porque abriu a boca, se não acredita veja as fotografias da ARTIMANHA, é o que lhe digo, só não vimos a Bobone; essa até dava jeito para as boas maneiras do Presidente….
E por aqui me fico; o resto dá outra.
Obrigada Ponto de Vista pelo espaço de má língua
A Ponta da Vista
quinta-feira, 14 de junho de 2007
A Casa da Música
Sem querer entrar em polémica, até porque o tempo de discussão já se extinguiu, ainda permanecem na nossa memória vários pontos algo obscuros.
O que interessa presentemente é esperar que se corrijam alguns dos erros cometidos:
As escadas parecem um caso perdido.
As cadeiras da Sala nº1 bem poderiam ser um objectivo de substituição, a breve prazo porque além de inestéticas são o que há de mais incómodo.
Sobre as cadeiras da sala nº2 é melhor não dizer nada, a não ser que é urgente substituí-las.
Muitas outras coisas se poderia dizer, mas o meu objectivo é outro. Além dos belíssimos concertos a que já assisti, com pleno agrado, há ainda o facto de ter sido possível conseguir as fotografias que estou a colocar neste Blog.
O que interessa presentemente é esperar que se corrijam alguns dos erros cometidos:
As escadas parecem um caso perdido.
As cadeiras da Sala nº1 bem poderiam ser um objectivo de substituição, a breve prazo porque além de inestéticas são o que há de mais incómodo.
Sobre as cadeiras da sala nº2 é melhor não dizer nada, a não ser que é urgente substituí-las.
Muitas outras coisas se poderia dizer, mas o meu objectivo é outro. Além dos belíssimos concertos a que já assisti, com pleno agrado, há ainda o facto de ter sido possível conseguir as fotografias que estou a colocar neste Blog.
domingo, 10 de junho de 2007
domingo, 3 de junho de 2007
O Ponto De Vista deixou que me apropriasse do seu espaço, portanto o que se segue não é dêle é meu: A Ponta Da Vista.
Aconteceu a semana passada em Vila do Conde. Concurso de piano e violoncelo Marília Rocha.
Assisti à prova do dia 31, de piano, para crianças até 9 anos, na minha qualidade de reformada e com tempo para isso. Não sou profissional de música, tive um ensino rudimentar de violino nos anos 40/50, onde isso vai .........mas sou uma ouvinte muito atenta; e graças a Deus e graças à Gulbenkian tenho ouvido coisas muito boas, haja em vista o programa com que ela nos presenteou este ano.
Pois muito bem, alegres e desenvoltas as crianças lá foram tocando, duas peças à escolha e uma imposta (Eu sou um coelhinho de Helder Gonçálves).
Quando tudo ia bem, levanta-se uma concorrente sentada na primeira fila, diferente das outras.
Cabelinho "escalado", roupa muito alinhadinha, a condizer, postura aparentemente serena, e veio-me à memória, a menina de outros tempos de fitas de veludo no cabelo a apanhar caracóis, sapato de verniz, vestido armado de organza; esta, era a edição moderna desse modelo.
E não é que tocava Chopin?!
Os dedos ágeis, a memória fresca (não houve brancas) mas, onde estava Chopin?
Será possível, até 9 anos, entender Chopin? Mas Chopin não escreveu para crianças. Coitado do Chopin, já lhe vimos atribuir concertos de violino pelo representante da Cultura deste nosso País, mas assassiná-lo deliberadamente com apoio e consentimento de responsáveis é bastante pior.
O intérprete, interpreta. Quem interpreta precisa de saber o quê, logo tem que entender; depois de entender tem de transmitir aos outros.
Mexi-me na cadeira algumas vezes, enquanto a criança tocava, ansiosa que ela terminasse. Desejei que ela tivesse uma branca e parasse ali.
Não se deveria aceitar programação fora de uma escrita adequada à idade. Até aos 9 anos a vivência que Chopin exige ainda está para vir. Começará em alguns casos na adolescência. De que estavam à espera, de um prodígio? Os prodígios contradizem o que eu estou a dizer, criam a sua identidade, estão fora da escala, por isso mandam à merda concursos destes. Esta menina não foi o que fez.
Ouvi crianças a tocar o Coelhinho com enorme sabedoria porque a música lhes dizia alguma coisa; uma delas fez um pianíssimo no final depois de um desenvolvimento saltitante, que não se pode esquecer.
Ouvi um Bartok admiravelmente arrogante e impetuoso; Mozart, livre, rebelde, irrequieto.
Estas crianças entendiam o que estavam a fazer.
No dia seguinte, fui ao concerto dos laureados, e a tal menina lá estava outra vez porque foi a escolhida.
Senhores Jurados, rompam com este atavismo cego, neste caso surdo, de premiar quem vem empurrado por "quem".
Olhem e ouçam os anónimos como algumas daquelas crianças que tocavam tão bem, cientes e compenetradas mas que não tiveram quem as "empurrasse". E depois foram todas as que "sobraram" metidas no mesmo saco; as boas, as melhores, as assim assim.
Pôrra, escaqueirem a loiça de uma vez por todas..........
Aconteceu a semana passada em Vila do Conde. Concurso de piano e violoncelo Marília Rocha.
Assisti à prova do dia 31, de piano, para crianças até 9 anos, na minha qualidade de reformada e com tempo para isso. Não sou profissional de música, tive um ensino rudimentar de violino nos anos 40/50, onde isso vai .........mas sou uma ouvinte muito atenta; e graças a Deus e graças à Gulbenkian tenho ouvido coisas muito boas, haja em vista o programa com que ela nos presenteou este ano.
Pois muito bem, alegres e desenvoltas as crianças lá foram tocando, duas peças à escolha e uma imposta (Eu sou um coelhinho de Helder Gonçálves).
Quando tudo ia bem, levanta-se uma concorrente sentada na primeira fila, diferente das outras.
Cabelinho "escalado", roupa muito alinhadinha, a condizer, postura aparentemente serena, e veio-me à memória, a menina de outros tempos de fitas de veludo no cabelo a apanhar caracóis, sapato de verniz, vestido armado de organza; esta, era a edição moderna desse modelo.
E não é que tocava Chopin?!
Os dedos ágeis, a memória fresca (não houve brancas) mas, onde estava Chopin?
Será possível, até 9 anos, entender Chopin? Mas Chopin não escreveu para crianças. Coitado do Chopin, já lhe vimos atribuir concertos de violino pelo representante da Cultura deste nosso País, mas assassiná-lo deliberadamente com apoio e consentimento de responsáveis é bastante pior.
O intérprete, interpreta. Quem interpreta precisa de saber o quê, logo tem que entender; depois de entender tem de transmitir aos outros.
Mexi-me na cadeira algumas vezes, enquanto a criança tocava, ansiosa que ela terminasse. Desejei que ela tivesse uma branca e parasse ali.
Não se deveria aceitar programação fora de uma escrita adequada à idade. Até aos 9 anos a vivência que Chopin exige ainda está para vir. Começará em alguns casos na adolescência. De que estavam à espera, de um prodígio? Os prodígios contradizem o que eu estou a dizer, criam a sua identidade, estão fora da escala, por isso mandam à merda concursos destes. Esta menina não foi o que fez.
Ouvi crianças a tocar o Coelhinho com enorme sabedoria porque a música lhes dizia alguma coisa; uma delas fez um pianíssimo no final depois de um desenvolvimento saltitante, que não se pode esquecer.
Ouvi um Bartok admiravelmente arrogante e impetuoso; Mozart, livre, rebelde, irrequieto.
Estas crianças entendiam o que estavam a fazer.
No dia seguinte, fui ao concerto dos laureados, e a tal menina lá estava outra vez porque foi a escolhida.
Senhores Jurados, rompam com este atavismo cego, neste caso surdo, de premiar quem vem empurrado por "quem".
Olhem e ouçam os anónimos como algumas daquelas crianças que tocavam tão bem, cientes e compenetradas mas que não tiveram quem as "empurrasse". E depois foram todas as que "sobraram" metidas no mesmo saco; as boas, as melhores, as assim assim.
Pôrra, escaqueirem a loiça de uma vez por todas..........
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sexta-feira, 1 de junho de 2007
Razão de ser deste Blog
Talvez tivesse sido mais correcto começar por aqui. No entanto, como estava a aprender alguma coisa sobre a feitura dos blogs, pareceu-me que poderia começar com as fotografias, assunto ainda pouco conhecido para mim.
A finalidade essencial é ter um local onde possa escrever o que me apetecer e sobre o que me aprouver e especialmente colocar as minhas fotografias.
Em relação a tudo o que publicar apelo a quem me ler (presunção e água-benta...) que não deixe de fazer os comentários, críticas e sobretudo ensinamentos.
Obrigado a todos os que já me visitaram.
A finalidade essencial é ter um local onde possa escrever o que me apetecer e sobre o que me aprouver e especialmente colocar as minhas fotografias.
Em relação a tudo o que publicar apelo a quem me ler (presunção e água-benta...) que não deixe de fazer os comentários, críticas e sobretudo ensinamentos.
Obrigado a todos os que já me visitaram.
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