Fica-se assim, quando se anda às voltas com uma tese que pretende explorar a possibilidade de um dispositivo mecânico se tornar um meio de expressão de uma vontade criadora.
É minha opinião que de facto a Fotografia constitui uma arte e, como em todas há manifestações boas e menos boas...A máquina e todos os outros apetrechos não passam de ferramentas que são manuseadas pelos artistas, tal como os pinceis, os ponteiros, as macetas, etc., etc.
Não, não é bem assim. A máquina condiciona a vontade, impõe-se ao artista, não é comparável ao pincel do pintor.
Já se sabe que o recurso à máquina foi uma das principais conquistas da arte do sec.XX, na pintura, escultura, música etc. No caso especifico da fotografia, não é por ser boa ou má que esta se eleva à condição de obra de arte. Onde se revela o processo criativo do fotógrafo? Na mera representação do real através da máquina? não me parece. No gosto, na escolha do enquadramento (e outros factores que dependem da vontade do fotógrafo e que definem um estilo), ou na manipulação da fotografia após a sua realização(como Man Ray ou Moholy-Nagy, onde existe uma barreira muito ténue entre a obra fotográfica e a pictórica)? Talvez seja por aí que a preocupação estética do fotógrafo se revele e promova a fotografia à condição de obra de arte e a torne única e irrepetivel.
Não estou de acordo. A máquina é accionada pelo operador que escolhe os valores a atribuir aos vários parâmetros para a tomada de vista e a sua manipulação posterior, quer na fotografia analógica quer na digital. A forma como são caldeados todos os elementos, enquadramento, velocidade, abertura, filtros, etc. constitui o processo creativo em larga escala dependente da vontade do artista. E por aqui me fico.
5 comentários:
É uma questão que dá para muitas divagações.
Teorias, conceitos, teorias e mais conceitos...
Chega-se a uma conclusão ou talvez não...depende
(pequena provocação,hihihi)
Processo criativo ou re-interpretação do real?
Fica-se assim, quando se anda às voltas com uma tese que pretende explorar a possibilidade de um dispositivo mecânico se tornar um meio de expressão de uma vontade criadora.
É minha opinião que de facto a Fotografia constitui uma arte e, como em todas há manifestações boas e menos boas...A máquina e todos os outros apetrechos não passam de ferramentas que são manuseadas pelos artistas, tal como os pinceis, os ponteiros, as macetas, etc., etc.
Não, não é bem assim. A máquina condiciona a vontade, impõe-se ao artista, não é comparável ao pincel do pintor.
Já se sabe que o recurso à máquina foi uma das principais conquistas da arte do sec.XX, na pintura, escultura, música etc.
No caso especifico da fotografia, não é por ser boa ou má que esta se eleva à condição de obra de arte.
Onde se revela o processo criativo do fotógrafo? Na mera representação do real através da máquina? não me parece. No gosto, na escolha do enquadramento (e outros factores que dependem da vontade do fotógrafo e que definem um estilo), ou na manipulação da fotografia após a sua realização(como Man Ray ou Moholy-Nagy, onde existe uma barreira muito ténue entre a obra fotográfica e a pictórica)? Talvez seja por aí que a preocupação estética do fotógrafo se revele e promova a fotografia à condição de obra de arte e a torne única e irrepetivel.
Não estou de acordo.
A máquina é accionada pelo operador que escolhe os valores a atribuir aos vários parâmetros para a tomada de vista e a sua manipulação posterior, quer na fotografia analógica quer na digital.
A forma como são caldeados todos os elementos, enquadramento, velocidade, abertura, filtros, etc. constitui o processo creativo em larga escala dependente da vontade do artista.
E por aqui me fico.
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