quinta-feira, 18 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

GAUGIN

"Quando a tua mão direita estiver hábil, pinta com a esquerda; quando a esquerda ficar hábil, pinta com os pés."

disse PAUL GAUGIN

auto-retrato

e como estamos na quaresma, eis o célebre Cristo Amarelo

terça-feira, 2 de março de 2010

anca inteligente



Calcula-se que hoje, só na Europa e EUA, ocorram cerca de um milhão de cirurgias na articulação da anca por ano, sendo que uma parte destas intervenções cirúrgicas (entre 5% e 10%) acaba por gerar complicações posteriores, que normalmente implicam uma nova cirurgia para efeitos de revisão. Mas a solução para este problema pode agora estar mais próxima.
Com apenas 29 anos, Clara Frias - recém-doutorada em Ciências da Engenharia pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e investigadora do INEGI - criou uma anca “inteligente”. Trata-se de um dispositivo inovador a nível mundial capaz de detectar possíveis problemas com o implante através da aplicação de cápsulas e sensores de anca, de modo a estimular o crescimento ósseo e com isso melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os riscos associados à cirurgia.
Na prática, o “Smart Hip” consiste numa rede de cápsulas, sensores de medição e actuadores que são introduzidos no implante de anca. Depois de activado pelo médico – através de um computador com ligação a um dispositivo bluetooth – os elementos que compõem o “Smart Hip” transmitem informações que vão permitir combater as potenciais complicações do pós-operatório.
Os sensores detectam possíveis problemas com o implante e os actuadores estimulam o crescimento ósseo necessário. Desta forma, o dispositivo procura a validação e desenvolvimento de um implante que continua e monitoriza em tempo real a sua performance e que, adicionalmente, intervém directamente no crescimento do osso.
Paralelamente, esclarece Clara Frias, “está a ser desenvolvida uma rede de actuadores capaz de estimular o crescimento ósseo na superfície do implante” que será controlada, assim como a rede de sensores, exteriormente pelo médico usando um sistema wireless. A validação do conceito foi comprovada em estudo celular e foi recentemente testada em animais, com resultados “muito animadores”, acrescenta.
Desenvolvida no âmbito do Doutoramento em Engenharia Biomédica de Clara Frias na FEUP com o apoio do INEGI, a tecnologia “Smart Hip” está patenteada pela U. Porto e conta com a colaboração de investigadores do INEGI, em parceria com as universidades de Aveiro, Évora e Trás-os-Montes e Alto Douro no seu desenvolvimento.
De realçar que este projecto foi um dos vencedores do Programa COHiTEC, que visa apoiar o conhecimento produzido em instituições de Investigação e Desenvolvimento na criação de empresas de base tecnológica. O investimento inicial estimado é na ordem dos 63 milhões de euros, estando previsto o apoio da COTEC para potenciar a criação de uma empresa.
(retirado de notícias.up.pt.)